Jack Kerouac.

24 out

Jack Kerouac foi um grande escritor americano, nascido em 12 de março de 1922, em Lowell, Massachusetts. Considerado o “profeta” da geração de beat, com suas grandes obras rompe os valores existentes da sociedade americana da época, e se torna um grande influente da juventude dos anos 60.

 Teve uma infância difícil com a morte de seu irmão e dificuldades financeiras de sua família, o que fez com que ele entrasse para o time de futebol americano da escola, em busca de uma bolsa na faculdade. Conseguiu a bolsa na Universidade de Columbia, em Nova York, para onde se mudou com sua família. Em seguida tentou entrar para marinha, mas foi dispensado por motivos psiquiátricos.

Iniciou sua carreira de escritor com o romance “The Town and The City”, sobre sua tentativa de equilibrar a vida na cidade e seus valores, porém o livro não teve tanta fama. Enquanto seu amigo Allen Ginsberg, se sentia incapaz de escrever sobre o efeito de drogas, Kerouac, passava horas e às vezes um dia inteiro datilografando. Usuário excessivo de drogas, Jack acaba sendo hospitalizado pelo uso de anfetaminas.

Ao lado de seu amigo Neal Cassady fez várias viagens, e criou rascunhos contando suas experiências, que mais tarde dariam origem a uma grande obra, “On the Road”, considerada a biblia hippie.

O livro conta a história de Sal Paradise e Dean Moriaty, dois jovens que atravessam os Estados Unidos de costa a costa, se tornando uma grande influencia da juventude na década de 60, com sua idéia de por o pé na estrada, e dando influencia também a musica, do rock, do pop e mais tarde ao movimento punk.

Após a publicação de “On the Road”, Jack consegue grande prestigio recebendo ótimas criticas, e cria outros projetos, com The Dharma Bums”, estabelecendo uma relação com o budismo. Muito timido, e tentando se afastar da fama, Jack decide se isolar do convivio humano, passado vários dias sozinho no alto de uma colina, e com essa experiencia escreve o livro “Big Sur”.

Depois de dois casamentos mal sucedidos ele se casa novamente na metade dos anos 60, com uma velha conhecida.Com vários problemas de alcoolismo, passa a viver em um mundo de ilusões, e acaba morrendo em 21 de outubro de 1969, de hemorragia devido a uma cirrose com apenas 47 anos, em um hospital da Flórida.

 

Por: Thais Fernandes

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Jack_Kerouac

O mestre do samba

12 out

Como dica cultural da semana indico o blog da minha colega de classe Karlla, sobre o grande mestre do samba, Cartola.  Dê o uma passada lá e confira a biografia desse grande mestre, considerado um dos maiores sambitas de todos os tempos. http://saltododesejo.wordpress.com



A revolução cultural e a família.

12 out

Antigamente tínhamos um tipo de família tradicional, contendo um casal e seus filhos, onde o pai era o responsável pela segurança e alimentação da família e a mãe ficava responsável pela educação dos filhos, uma família onde existia um grande respeito entre os membros. Porém, na segunda metade do século XX esse tipo de família modelo passa por uma grande mudança,  a Revolução Cultural.

O texto de Eric Hobsbawn (A era dos Extremos, Revolução Cultural), nos mostra exatamente essas mudanças ocorridas nas décadas, onde as famílias tradicionais começam a entrar em extinção, dando lugar às famílias modernas.

 Com a Revolução Cultural, surgem novos costumes e crenças. Nasce o Rock and roll, trazendo consigo Elvis Presley, para desespero das familias, com sua rebeldia que arrastava multidões, e se tornando uma marca da juventude. No cinema também temos um simbolo de rebeldia, James Dean com o filme “Rebel Without a Cause” (Juventude Trasviada). A juventude Ocidental passa a ter mais “autonomia”, influenciada pelas grandes vozes do Rock, surgindo uma nova forma de pensar o mundo. Entretanto, a Revolução não afeta todas as partes do mundo de uma mesma forma, na juventude chinesa a revolução se dá de maneira bem diferente com Mao Tsé-tung no poder. Com isso surgem os guardas vermelhos, estudantes recrutados para ajudar Mao a derrotar seus rivais na luta pelo comando do país.

 A legalização da venda de anticoncepcionais em 1971 gera uma nova visão feminina do mundo, e consequentemente uma nova visão sobre as famílias tradicionais. O numero de divórcios aumenta, o numero de homossexuais também. A antiga família tradicional composta por um casal e seus filhos se desintegra, dando lugar a outras famílias.

Surgem famílias compostas por apenas mãe e filhos, famílias compostas por um casal homossexual e filhos, crianças com pais divorciados, entre vários outros tipos de famílias modernas existentes.

A sociedade de consumo dá um grande salto, os valores do casamento são esquecidos, surge um grande distanciamento entre as gerações, e a divisão de clases se firma com uma sociedade capitalista.

Com isso, Hobsbawn nos mostra como os tabus das famílias tradicionais são quebrados com o surgimento da Revolução Cultural, que criavam novos jovens, com novos costumes, que mais tarde se tornavam novos homens e mulheres, com uma visão moderna de mundo, deixando de lado os costumes tradicionais existentes nas famílias e na sociedade.

Um cão andaluz e o surrealismo.

3 out

Considerado o filme que melhor expressa o surrealismo experimental no cinema, “Um cão andaluz”, choca os telespectadores ao expor cenas nada convencionais. Um filme repleto de metáforas e cenas desconexas, lançado em 1928 na França por Luis Buñuel e Salvador Dalí.

 

O filme se inicia com uma cena um tanto “indigesta”, mostrando uma mulher que tem seu olho cortado por um homem com uma navalha, que é interpretado pelo próprio Buñuel. Para criar a cena, foi utilizado um olho de boi. Gerando muitas discussões e análises, para alguns a cena é vista como uma forma de agredir o telespectador, ferindo sua alma, uma vez que os olhos são considerados a janela da alma, para outros se trata de um símbolo da nova visão da realidade.

Observamos em outra cena um homem olhando para sua mão, de onde saem varias formigas, segundo a wikipédia fazendo uma alusão literária à expressão francesa “formigas nas mãos”, que significa “Um grande desejo de matar”. Uma cena feita propositalmente para chocar o telespectador e causar nele uma confusão, levando-o a criar varias interpretações a procura de uma lógica.

Em outra cena do filme também podemos encontrar uma crítica à Igreja, quando vemos o homem puxar dois pianos com dois burros mortos sobre ele e com dois padres amarrados, de acordo com o site kollision, criando uma metáfora do atraso cultural causado pela Igreja.

Sem dúvida nenhuma o filme recebe muito do estilo surrealista com a participação de Salvador Dalí, grande pintor desse estilo.

Segundo Juliano Mion do site cineplayers, Buñuel utiliza a imitação do processo do sonho, baseando-se diretamente nos estudos de Freud, com sua obra literária “A interpretação dos sonhos”, porém utiliza com forma cinematográfica, closes dramáticos, com o intuito de demonstrar a realidade interior dos personagens. Sendo um filme preto e branco e mudo ele acaba colaborando também com a estética do surrealismo.  

“Um cão andaluz”, expressa muito bem o surrealismo ao demonstrar suas cenas, como se fossem um sonho, elemento característico deste estilo, sempre valorizando a utilização da fantasia e da loucura, sem fazer relação com a racionalidade.  

 

Fonte: http://www.cineplayers.com/critica.php?id=1963

http://www.kollision.biz/movies/mov_files/mov_chienandalou.htm

 

por: Thais Fernandes

 

Meu Brasil brasileiro.

2 out

  

  

  

Ary de Resende Barroso nasceu no dia 7 de novembro de 1903, em Baú, Minas Gerais. Aos oito anos perdeu os pais e foi adotado por sua avó materna, Gabriela Augusta de Resende. Começou a estudar piano com sua tia, e aos doze anos já trabalhava como auxiliar de pianista. Aos treze trabalhou como caixa de uma loja e com quinze anos compôs sua primeira canção “De longe”.

 Quando tinha dezoito anos se mudou para o Rio de Janeiro, para fazer faculdade de direito, porém abandonou o curso no segundo ano e passou a se dedicar a musica, trabalhando como músico amador, mais tarde em 1926, decide retomar os estudos de Direito.

Dois anos depois de retomar seus estudos Ary é contratado por uma orquestra, para uma temporada, e passa a se dedicar mais à composição, compondo canções como “ Cachorro quente” e “Amor de mulato”.

Começa a compor para o teatro em 1930, e cria a “Aquarela do Brasil” fazendo grande sucesso no exterior. Também nos anos 30 recebe um diploma da Academia de Ciências e Artes Cinematográficas de Hollywood ao compor para o cinema no longa-metragem Você já foi à Bahia?, de Walt Disney.

Como radialista, cria o famoso “Hora do Calouro”, de onde surgiram grandes nomes da MPB. Também trabalhou como locutor esportivo e foi autor de várias composições com diversos estilos musicais como, samba, xote e choro.

Faleceu no dia 9 de fevereiro de 1964, devido a uma crise de cirrose. Grande torcedor do Flamengo, Ary foi o primeiro compositor brasileiro a ser respeitado nos Estados Unidos, com seu estilo musical samba-exaltação.

 

Aquarela do Brasil, linda composição de Ary Barroso, na voz de João Gilberto.

por: Thais Fernandes

Blue Eyes.

2 out

 

 

 

 

 

Como dica cultural da semana eu indico o post feito pela minha colega de classe Karol sobre o Frank Sinatra, grande cantor e ator, um dos maiores  fenômenos musicais existentes.

 

Dê uma passada no blog e cofira a biografia deste grande astro da musica. http://foradcontexto.wordpress.com/

 

“Fly me to the moon”, um dos maiores sucessos de Sinatra, vale a pela conferir.

 

por: Thais Fernandes

Marcel Duchamp e o novo conceito de arte.

26 set

Marcel Duchamp importante pintor e escultor francês, conhecido por sua ousadia e questionamentos quanto ao conceito de arte. Ele iniciou sua carreira como pintor, com inspirações expressionistas, cubistas e impressionistas, mais tarde se tornando um artista do estilo dadaísta.

Responsável pela criação do conceito ready made, onde se utiliza objetos industriais, coisas do cotidiano, sem finalidade artística e os transforma em obras de arte, cria com seu conceito uma serie de questionamentos polêmicas quanto à verdadeira arte.

Com o ready made, Duchamp teve uma atitude provocativa ao pegar um urinol de louça, expor como uma obra de arte moderna, nomeada de “A fonte”. Ao fazer isso, o artista queria modificar o pensamento das pessoas, levando elas a observarem o objeto com outra visão, não se tratando apenas de um objeto do cotidiano. Com este ato Duchamp também questiona o porquê a arte precisa ser reconhecida por críticos para ser considerada arte.

A partir disso, o conceito de arte sofreria uma reconfiguração, a idéia que cerca um objeto artístico valeria mais do que o próprio objeto, independente se o objeto artístico seja criado pelo artista, ou selecionado entre outros objetos já existentes, como no caso do urinol utilizado por Duchamp.

O artista se torna dono da ideia que cerca a obra e do conceito de arte nela existente, mesmo não sendo o criador do objeto, dando à idéia um valor maior do que ao próprio objeto de arte.

O dadaísmo movimento de que Duchamp fazia parte tinha como principais características a ruptura com as formas de artes tradicionais, o uso de varias formas de expressão na composição das obras de artes plásticas, como objetos do cotidiano e a utilização de conteúdos e temas sem lógica.

Para Marcel Duchamp o importante não era pintar, o importante era inovar, ele utilizava sempre a inovação em suas obras, com o intuito de estimular o pensamento critico das pessoas.

por: Thais Fernandes

“Duke” Ellington

26 set

Edward Kennedy “Duke” Ellington foi um compositor de Jazz, pianista e grande maestro, apelidado de Duke (duque) por amigos, devido a sua pose e por sempre estar bem vestido. 

Duke nasceu em Washington e começou a aprender piano muito cedo, aos sete anos,  incentivado por sua mãe, porém começou a se interessar realmente pelo instrumento quando conheceu o pianista Harvey Brooks, passando a se dedicar e  tocando profissionalmente aos dezessete anos.  Antes de se tornar pianista a paixão de Duke era o baseball, ele vendia amendoins nos estádios, para poder ver seus ídolos.

 (que posteriormente mudou o nome para “The Washingtonians”), e foi para Nova York, onde tocavam e varios clubes.  Em 1927 tiveram a oportunidade de tocar no  Cotton Club, uma casa noturna muito conhecida na época, ficando nacionalmente conhecidos pelas às emissões de rádio  realizadas pelo clube.  Na Cotton Club,  Ellington teve a oportunidade de aprimorar seus conhecimentos e escrever musicas de vários estilos, quando abandonou o clube em 1931, tinha se tornado uma das grandes estrelas negras da América. 

Em 1917 formou um grupo “The Duke’s Serenaders”  que mais tarde se tornaria “The Washingtonians”, e foi para Nova York, onde tocavam e varios clubes.  Em 1927 tiveram a oportunidade de tocar no  Cotton Club, uma casa noturna muito conhecida na época, ficando nacionalmente conhecidos pelas às emissões de rádio  realizadas pelo clube.  Na Cotton Club,  Ellington teve a oportunidade de aprimorar seus conhecimentos e escrever musicas de vários estilos, quando abandonou o clube em 1931, tinha se tornado uma das grandes estrelas negras da América.

Participou de concertos  no Carnegie Hall, criando a suite “Black, Brown and Beige”, onde fazia uma homenagem à história de negros Americanos. Ellington criou o jungle style (estilo da selva), onde a forma de tocar dava um efeito de selvageria às composições. Também compôs para filmes como, Black and Tan Fantasy  e Anatomy of a Murder . Entre suas obras destacam-se quatro álbuns: “The Blanton – Webster Band”, “Black, Brwon and Beige” e “The Duke’s Men”.  

 Faleceu próximo de seus 75 anos, quando foi diagnosticado com câncer, que o levou a morte em 24 de Maio de 1974.  Duke é considerado um dos maiores compositores de jazz americano de todos os tempos.

Video de Duke Ellington tocando uma musica de sua composição, chamada Take The “A” Train.

por: Thais Fernandes

“The Way You Look Tonight”

25 set

The Way You Look Tonight, composta por Jerome Kern e Dorothy Fields, foi apresentanda pela primeira vez em 1936, no filme “Swing Time”. Interpretada por Fred Asteire, a canção ganhou o Oscar de melhor Canção Original.  Uma musica belíssima, postada por minha colega de classe Lívian, vale a pena ouvir.

Passa lá > http://sonhosintranquilos.wordpress.com/

Janis Joplin – Little Girl Blue 1969

19 set

Janis Joplin teve uma carreira apaixonada e rápida, interrompida por sua morte aos 27 anos. Nascida no Texas em janeiro de 1943, cresceu ouvindo Bessie Smith e Leadbelly, começando a cantar country e blues na década de 60.

Foi por volta de 1966 que tornou-se vocalista de uma banda, Big Brother and the Holding Company, a banda assinou um contrato com a Mainstream Records.

No festival de Monterrey de 67 a atuação de Janis Joplin contagiou a platéia, principalmente por sua versão de “Summer Time”. Além do enorme sucesso, essa apresentação rendeu ainda a entrada numa gravadora maior, a Columbia Records.

A crítica também ficou impressionada com aquela voz rouca e a performance sensual da moça, que cantava blues com nenhuma cantora branca havia feito até então. No ano seguinte a banda lançou o álbum Cheap Thrills, que foi um recorde de vendas.

Janis Joplin iniciou sua carreira solo em 1969. A rapidez com que ficou famosa talvez tenha sido um tanto violenta para uma personalidade tão instável. Janis passava da euforia ao desespero, bebia demais e usava heroína.

Em 1970 veio o LP Pearl (que era seu apelido entre os amigos). Dias depois das gravações, Janis foi encontrada morta, num quarto de hotel em Hollywood, devido a uma overdose de heroína.

Janis Joplin foi muito mais do que a única branca a alcançar reconhecimento interpretando blues, foi também cantora de rock, dona de uma voz incomparável, e capaz de imprimir às músicas que cantava uma marca inconfundível de interpretação e sensualidade.

Escolhi essa musica, Little Girl Blue, pois tem uma melodia muito bonita e uma letra que se parece muito com o que eu e minha familia estamos passando, nesse momento de tristeza, com a perda de uma pessoa muito querida.

 

por: Thais Fernandes